sexta-feira, 19 de junho de 2009

MEDALHA...MEDALHA...MEDALHA...RSRSRSRS

Trabalhando com competição há muito tempo, vivi muitas experiências como as descritas com muita propriedade pelo Prof. Bona no seu blog "Dentro D'Água" abaixo.

Dêem uma olhada, porque é muito interessante.


Professor, meu filho mais velho acaba de ganhar três medalhas neste Festival e o irmãozinho dele está chorando inconsolável que também quer uma. O senhor pode dar?”

“Professor, meu filho perdeu uma das provas em que estava inscrito neste Festival e acabou não nadando. Ele está muito triste com isso. Não poderíamos dar uma medalhinha para ele?”

“Professor, meu filho preparou-se para o Festival, inscreveu-se, mas ficou doente no dia e não pode ir. Ele não teve culpa. Não poderíamos dar uma medalhinha para ele, só para que não ficar muito frustrado?”


Mamãe, entendo a sua aflição, mas eu não posso fazer isso.

Uma das coisas mais importantes que seu filho deve aprender no esporte é que uma medalha só vale pela conquista que ela representa. É isso: uma medalha não se dá, se conquista!

Por menor que seja, por mais simples que possa parecer, uma medalha deve sempre ter uma história pra contar. Não precisa ser uma história de recorde ou de vitória retumbante como numa competição. Mas no caso de um festival ou uma demonstração, deve ser uma história de esforço individual, de superação de medos e de limites pessoais, de enfrentamento de uma adversidade, qualquer que seja a performance alcançada.

Já vi muitas vezes isso: mesmo atletas com estantes recheadas de medalhas, são capazes de contar a história de cada uma: como foi, o que sentiu, o que mais marcou naquele dia.

Se eu simplesmente “der” uma medalha a ele, sem nenhum esforço que a justifique, primeiramente desvalorizarei todas as outras também oferecidas aos demais atletas deste Festival que as ganharam com esforço e dedicação. Além disso, acredite, ela nunca terá o mesmo valor que as outras medalhas que seu menino já tem ou que certamente ainda virá a ganhar.

Quanto à tristeza, à frustração ou algo parecido, elas fazem parte do esporte e da própria vida. Não podemos e não devemos, eu ou mesmo a senhora, pouparmos seu menino destes sentimentos. Por mais doloroso que possa parecer, é importante que ele passe por estas experiências para que, com o nosso carinho e apoio, aprenda a assimilar e a superar estes sentimentos. Na vida ele vai precisar muito desta habilidade, que alguns estudiosos chamam de “inteligência emocional”.

Psicólogos e psiquiatras são unânimes em dizer que crianças poupadas de toda frustração e dissabores pelos pais costumam se tornar adultos problemáticos e infelizes, quando não perigosos.

Por isso fique tranqüila e seja firme. Diga a ele que muitos outros Festivais virão e muitas medalhas também, mas todas sempre com a sua própria história a ser contada.


Para ver o blog do Professor Bona e esta matéria, clique aqui

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