quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Clínica de Natação com o Prof. Rogerio Mixirica Nocentini...

O Círculo Militar de São Paulo realizou sua primeira clínica de natação para os alunos do setor Formativo e me convidou para ministrar a clínica.
O evento funcionou como uma avaliação do setor para a passagem dos alunos para a equipe de competição do clube.
Foram 3 horas de clínica onde foram mostrados vídeos, tivemos apresentação dos nadadores da equipe de competição do clube, educativos e competição.
O evento foi muito bem avaliado tanto pelos professores quanto pelos pais dos alunos que já estão perguntando quando será a próxima...
Se interessou em levar para seu clube ou academia? É só entrar em contato comigo.
Abaixo, algumas fotos do evento.














Até mais...

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Quando devemos introduzir o ensino do nado borboleta?


Quando devemos iniciar o trabalho com o borboleta para uma criança que está aprendendo a nadar? Acredito que desdo o primeiro dia.
Vejamos, técnicamente, o borboleta não é um nado tão difícil assim, não exige uma coordenação tão apurada que não possa ser trabalhado desdo o início da aprendizagem. O que o borboleta precisa é força e esta força só será conseguida nadando borboleta.
Então ficamos adiando um estilo e quando vamos ensiná-lo a uma criança, ela não conseguirá aprender porque não tem força específica para o estilo.
Claro que um iniciante não nadará perfeitamente o borboleta, para isso são precisos muitos metros, mas podemos colocar ondulação e um borboleta rudimentar, com 4 pernadas por exemplo, desde o início. 
O que sinto é que grande parte doa professores tem medo de ensinar o borboleta achando que é um estilo muito complicado e muito pesado, quando na verdade, nem uma coisa nem outra.
Experimentem, vocês verão que as crianças e, mesmo os adultos serão capazes de nadar um borboleta rudimentar e se sentir o máximo!
Até mais.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Matéria da Folha Equilíbrio de Terça-feira...

'Estamos criando analfabetos motores', afirma educador físico'
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IARA BIDERMAN
DE SÃO PAULO

Crianças brasileiras das classes média e alta estão mal preparadas para o esporte e sem vontade de se exercitar. E pais e escolas não ajudam, segundo Luiz Roberto Rigolin, autor de "Desempenho Esportivo: Treinamento com Crianças e Adolescentes" (Phorte, 631 págs., R$ 89).

Doutor em educação física com pós-doutorado em filosofia pela USP, Rigolin, 43, se dedica à formação de atletas e se preocupa com o desenvolvimento das habilidades físicas na infância. Aqui, ele fala das dificuldades atuais da educação motora.

*
Folha - Nunca se falou tanto de atividade física, mas as crianças estão cada vez mais sedentárias. O que acontece?

Luiz Roberto Rigolin - A prática de exercícios resulta do desenvolvimento motor, processo que começa desde que a criança nasce. Ela precisa experimentar todas as possibilidades de movimento para desenvolver habilidades físicas. Hoje tem menos oportunidade de fazer isso. Estamos criando uma geração de analfabetos motores.

Como chegamos a isso?

Começa pela reclusão urbana. A grande preocupação dos pais é com a segurança. Têm medo de soltar o bebê, ele pode se machucar. Quando o filho começa a crescer, não pode brincar na rua, por causa do risco de assalto...

O outro elemento é a tecnologia. Com os brinquedos tecnológicos a criança desenvolve várias habilidades cognitivas, sem dúvida, mas muito pouco da parte motora.

E as escolas também não querem ter problemas com pais preocupados em proteger os filhos, então dão poucas opções para a criança experimentar seu corpo de forma mais solta, quando o risco de se machucar é maior.

Nesse caso, não adianta pagar uma escola cara, com a ideia de dar mais oportunidades para o filho se desenvolver?

Pode ser até pior. A inteligência motora está na periferia, onde as crianças não são superprotegidas como as de classes média e alta e por isso têm chance de experimentar os movimentos de forma mais livre. Também têm menos acesso a brinquedos tecnológicos, então têm que encontrar outras formas de brincar: soltar pipa, jogar taco. Por isso a maioria dos atletas de esportes complexos não vem das classes A e B.

A educação motora inclui esfolar o joelho às vezes?

Sim, isso é fundamental, mas também é natural o adulto querer ajudar a criança para que ela não se machuque.

Como os pais podem ajudar?

Com bebês, eles precisam estruturar a casa para deixar a criança subir no sofá, empurrar e puxar objetos etc. E precisa ter alguém acompanhando. Se é o pai, a mãe ou a babá que vai fazer isso, não importa, o que interessa é que a criança tenha oportunidade de experimentar.

Depois, dos três aos sete anos, os pais podem fazer com que a criança adquira o gosto pela atividade física. Isso não é feito só em casa, inclui a escola, o parque, a rua.

E as atividades dirigidas, como as escolas de esportes?

Muitos pais e mães acham que vão incentivar a atividade física colocando o filho na natação, na escolinha de futebol. Mas às vezes o que a criança quer é andar de bicicleta ou de skate. A grande colaboração que os pais podem dar é mostrar as alternativas de atividades para o filho descobrir o seu caminho.

Se a criança mostra talento em alguma modalidade, como os pais podem estimular?

Isso é um problema porque, a partir do momento em que o filho passa a praticar um esporte, os pais já querem que ganhe medalhas.

Começa a pressão por desempenho, que vem também do técnico, do diretor do clube. Imagine como a criança fica nessa história de precisar atender as expectativas de todas essas pessoas.

É possível recuperar habilidades motoras que não foram desenvolvidas na infância?

Dá para melhorar, mas nunca vai ser a mesma coisa. E os pais e os professores têm que estar preparados para ensinar essa criança mais lentamente e sem forçá-la a fazer atividades que estão fora de suas possibilidades.

Editoria de Arte/Folhapress

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