quinta-feira, 11 de agosto de 2016

INSERÇÃO DE ATIVIDADES FÍSICAS NO DIA A DIA AJUDA A IR BEM NA ESCOLA...


MATÉRIA DA FOLHA DE SÃO PAULO  01/07/2016 (GUSTAVO QUEIROLO E RAPHAEL VICENTI)

A prática de atividades físicas por crianças e jovens afeta positivamente a memória, bem estar psicológico e inclusão social diz o documento que ficou conhecido como “Consenso de Copenhague”, assinado em abril de 2016 por 24 pesquisadores de diversas áreas reunidos na Dinamarca e publicado nesta semana pela revista científica British Journal of Sports Medicine.
Além dos benefícios físicos, a prática de atividades físicas traz ganhos no desenvolvimento intelectual e integração social entre crianças e jovens com idade entre 6 e 18 anos.
“O jovem que pratica atividade física depois da escola tem mais facilidade em memorizar o que foi aprendido durante a aula” diz Peter Krustrup da Universidade de Copenhague, especialista em fisiologia do exercício.
“A atividade física – definição que abarca a prática de esportes, brincadeiras recreativas ou ir de bicicleta à escola, por exemplo – age positivamente na formação de estruturas cerebrais como o hipocampo” diz Charles Hillman, professor da Universidade de Ilinois.
Segundo o pesquisador, o tamanho da estrutura não é sempre relacionado a processos cognitivos específicos, mas acredita-se que é um bom indicador da saúde cerebral. “Publicamos dados mostrando que crianças mais saudáveis têm hipocampo mais volumoso e têm desempenho melhor em tarefas específicas de memória que se mostraram dependentes dessa região do cérebro”.
Na prática, de acordo com Krustrup, o ideal é que a criança pratique 60 minutos de atividades menos intensas diariamente (bike, ir à escola a pé) e devem ser somadas à prática de atividades de alta intensidade como prática de artes marciais em 3 sessões de 30 minutos por semana.
Fatores socioeconômicos podem influenciar a participação das crianças em atividades físicas, dentre elas, limitações físicas, falta de habilidade, orientação sexual e gênero.
“A gente sabe, por exemplo, que pessoas mais pobres tendem a fazer menos exercícios que as mais ricas e que meninas tendem a fazer menos que os meninos” diz Krustrup

Isso deve servir para as autoridades planejarem políticas de incentivo ao esporte, devendo esses grupos serem privilegiados.

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