terça-feira, 7 de março de 2017

Para que serve o Palmar?...

Esta pergunta, para um profissional de natação, parece algo muito básico, não? Mas será  que utilizamos os palmares de todas as formas que ele pode ser utilizado?
A primeira resposta à pergunta acima seria " para trabalhar a força do nadador", não seria? Concordo plenamente, mas temos outras formas de utilizar os palmares, vamos a elas:
1. Para trabalhar a força do nadador. Claro, os palmares, aumentam a área de atuação da mão na água, por conseguinte, faz com que o aluno tenha que fazer mais força para se deslocar, portanto, este realmente é uma forma de utilização dos palmares. Mas aí temos que tomar um certo nível de cuidado. Como os palmares aumentam a força que temos que fazer para nos deslocarmos, se esta força estiver sendo feita de forma errada, com técnica errada ou com direção errada, estes defeitos também serão amplificados. Então, se vamos utilizar os palmares para trabalhar a força, temos que fazê-lo da forma mais técnica possível.
2. Para trabalhar a técnica do nadador. Eu, particularmente, gosto muito desta utilização dos palmares. E para melhorar a atuação técnica do implemento, eu gosto de trabalhar com os palmares que não possuem aquela borracha junto ao punho. Caso você não tenha este modelo, basta tirar a borracha e tudo bem. Sem o punho preso, o palmar vai "dançar" na mão do aluno se a técnica estiver errada. 



Os palmares que possuem muitos elásticos e borrachas, impedem a função "técnica" do implemento, restringindo sua função à força, que pode estar com sua aplicação correta ou não, como já falei acima.


3. Para a variação da intensidade nas aulas. Como visto na primeira imagem, hoje conseguimos vários tamanhos de palmares, o que nos proporciona algo fantástico - a variação na intensidade das aulas ou treinamentos.
Utilizando palmares de tamanhos diferentes, podemos fazer com que o aluno faça mais ou menos força, nade mais ou menos veloz, experimente diversas sensações diferentes e, assim, podemos enriquecer nossa aula. Trabalhando a mesma coisa, de formas diferentes, ampliamos nosso leque de possibilidades.
4. Utilizando o palmar de formas variadas. Você já fez seus alunos utilizarem os palmares de cabeça para baixo? Segurando o palmar ao invés de colocar o dedo preso na borracha? Pediu para eles colocarem os palmares no dorso das mãos? Variando a forma de utilização e de pegada, conseguimos o mesmo efeito do, item anterior, aumento na variação das sensações dos alunos e, consequentemente, aumento na variação das aulas.
Então, como trabalhar a técnica dos nados com palmares? Isso eu vou falar na próxima postagem.
Até mais.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

JOGUE COM UM PROPÓSITO...


Na reestruturação do time dos All Blacks, Brian Lochore, refletindo sobre o objetivo estratégico do time disse: " um ambiente [...] que estimule os jogadores e os faça querer fazer parte dele". Segundo Graham Henry, foi a conversa mais importante de toda a sua carreira nos All Blacks. 
PESSOAS MELHORES DÃO MELHORES LÍDERES
A idéia era fornecer aos jogadores os recursos, as habilidades e o caráter necessários para uma conduta construtiva fora do campo, pois assim, estariam também, pelo menos na teoria, desenvolvendo seus recursos, habilidades e caráter para uma conduta mais eficiente dentro do gramado.
A solução foi criar uma visão baseada em valores para inspirar os jogadores a se doarem mais para o time. "Seja porque é uma família, um legado, por respeitar o peso da camisa. Seja pelo que for, você tem que identificar o que é [ que dá um propósito aos jogadores] para poder continuar motivado. Tem a ver com propósito e significado pessoal [...] Estes são os dois elementos principais", disse Wayne Smith. Quanto mais você tiver pelo que jogar, mais você joga.
Os líderes associam o significado pessoal a um propósito mais elevado a fim de gerar uma crença e uma noção de direção. 
Líderes, organizações e equipes inspiradas encontram seu mais profundo propósito - seu "por quê?" - e atraem seguidores por meio de valores, visão e crenças em comum.
Para jogar com propósito, tudo começa com a pergunta "por quê?". Por quê estamos fazendo isto? Por quê estou me sacrificando por este projeto? Qual é o propósito maior? As respostas a estas perguntas tem a capacidade de transformar a sorte de um grupo ou de uma empresa, ativando os indivíduos, servindo de cola natural, orientando condutas e criando um sentimento geral de propósito e vinculação pessoal. É o começo de SER DO TIME.

Frases e comentários retirados do livro: LEGADO - 15 LIÇÕES SOBRE LIDERANÇA QUE PODEMOS APRENDER COM O TIME DE RUGBY DOS ALL BLACKS - JAMES KERR - BENVIRÁ. 

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

TRANSIÇÃO ENTRE LUDICIDADE E "RESULTADO"...


Em uma das postagens, recebi  um comentário, do Prof. Josué Rodrigues da Silva, solicitando que eu falasse sobre "a transição de uma aula lúdica para uma aula mais focada na competição , e os métodos usados para que isto aconteça". Vamos lá.
É muito comum que separemos o que é "lúdico", do que é "resultado", como se um começasse somente quando o outro termina, ou pior, que o lúdico não gera resultados.
Obviamente, quanto mais pensamos em resultados de competição ou melhoras de tempo, ou ainda em melhorias físicas como aumento de força e resistência, por exemplo, menos nos preocupamos com a questão da ludicidade. Quanto mais velhos vão ficando nossos alunos, menos importância damos à estas questões, mas o que acontece é que podemos conseguir grandes avanços em determinadas áreas, utilizando aulas de grande nível lúdico. Como exemplo, posso citar o ensino e aperfeiçoamento da virada olímpica do nado crawl, que começa com grande quantidade de elementos lúdicos até a virada propriamente dita e exercícios mais intensos e técnicos.
Mas não é neste ponto que precisamos tirar as brincadeiras do treino ou aula. 
Qual é
este ponto então? Depende dos objetivos do seu time ou do seu aluno. A ludicidade vai perdendo espaço à medida em que os objetivos vão ficando mais altos e mais difíceis, à medida que temos que colocar mais elementos na aula/treino e não temos mais tempo.
O importante aqui não é a quantidade das "brincadeiras" que colocamos no planejamento, mas sua qualidade e seu objetivo. O que importa é que mesmo sério, seu treino nunca deve ser massante, nunca devemos esquecer de brincar, de nos divertir. Como diria Che Guevara: "!Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás!"
Até mais...

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

ADAPTAÇÃO - FOCO NO QUE FALTA...

Continuando com a série de opiniões sobre o livre LEGADO, 15 LIÇÕES SOBRE LIDERANÇA QUE PODEMOS APRENDER COM O TIME DOS ALL BLACKS, de JAMES KERR, chegamos ao segundo capítulo.
"Quando estiver no auge do seu jogo, mude o jogo". Assim começa o capítulo sobre foco.
O time dos All Blacks havia acabado de perder um jogo para a África do Sul por 40 a 26, as coisas não estavam boas e precisavam mudar. 
Will Hogg, consultor de gerenciamento, acredita que uma mudança organizacional eficaz exige quatro etapas:
- Uma proposta de mudança;
- A imagem de um futuro atraente;
- Capacidade consistente para mudar;
- Um plano factível para mudar.
Para os All Blacks, estipulou-se agregar mais o time, pois todos estavam trancados em seu mundo, tinham perdido a noção de "ser do time". Para isso, precisariam focar o time no desenvolvimento pessoal e na liderança, além de eliminar jogadores considerados obstáculos à mudança e o mais importante, construir as habilidades daqueles que permanecessem. 
Este modelo também envolvia algo muito importante: a criação de um ambiente de aprendizagem que servisse de base para o contínuo desenvolvimento pessoal e profissional. Líderes criam líderes.
A mensagem do capítulo é que estamos num mundo aonde as coisas mudam muito rapidamente, em um momento estamos no topo e em outro, podemos estar por baixo. O papel do líder consiste em saber quando se reinventar e como fazer isto.
O problema é resolvido, quando se insiste em achar uma solução.

(*) trechos retirados do livro LEGADO - 15 LIÇÕES SOBRE LIDERANÇA QUE PODEMOS APRENDER COM O TIME DE RUGBY DOS ALL BLACKS - JAMES KERR - ED. BENVIRÁ

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Mais do que uma clínica de natação, uma experiência de vida!

Estou, junto com Fabio Malavazzi, comentarista da ESPN e promotor do Projeto One World Games (escolhido pela CICESP - Centro de Integração Cultural e Empresarial de São Paulo - o melhor programa esportivo cultural, recebendo a medalha da “Ordem do Mérito Empreendedor, durante cerimonia realizada na ONU em Nova York, em 2009) vendendo não uma clínica de natação, mas uma experiência sensacional nos Estados Unidos. 
O projeto One World Games foi criado em 2005, com o objetivo de promover o intercâmbio cultural-esportivo para atletas brasileiros. 
Neste programa esta incluído: 
Competição no MIT (Massachussets Institute of Technology) & Wesleyan University, na
cidade de Cambridge em Massachussets. Aproximadamente 25 equipes e 500 nadadores de várias partes de New England estarão nesta competição.
Competir no Senior Championship do Estado de Connecticut na Universidade de Wesleyan . Nesta competição os nadadores brasileiros integrarão a equipe do Makos Swimming e participarão oficialmente das provas.
Treinamentos
Tour nas universidades de Harvard e Yale
Jogo da WNBA no Madison Square Garden
Visita à Grand Central Station e Museu de História Natural em Nova York, entre outros passeios culturais.
Para maiores informações: rogerionocentini@gmail.com

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Varra o vestiário...


CARÁTER.
Nunca seja grande demais para fazer as coisas que precisam ser feitas.
Assim começa o primeiro capitulo de LEGADO. O autor diz neste capítulo que "líderes de sucesso mantém orgulho e humildade em equilíbrio: absoluto orgulho pelo desempenho e total humildade perante a magnitude da missão".
Para ilustrar a história, James Kerr conta que após uma grande vitória dos All Blacks  sobre o País de Gales, depois de todas as conversas, análises e comemorações, dois dos melhores jogadores do time, pegam em vassouras e começam a varrer o vestiário, "varrendo com todo o cuidado para que ninguém tenha que limpar a sujeira dos All Blacks ", mostrando humildade mesmo depois de uma grande conquista.
"O desafio é aperfeiçoar sempre, melhorar sempre, mesmo que você já seja o melhor. Especialmente se você for o melhor."

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

VAMOS FALAR SOBRE LIDERANÇA...

Durante as férias sempre tento colocar a leitura em dia e, neste final de ano, li muito sobre LIDERANÇA. Não dá para negar, todo professor é um líder. 
Pensando nisto, acho importante saber como melhorar neste aspecto do nosso trabalho. Fui à uma livraria e a vendedora me indicou "LEGADO - 15 LIÇÕES SOBRE LIDERANÇA QUE PODEMOS APRENDER COM O TIME DE RUGBY ALL BLACKS - JAMES KERR - EDITORA BENVIRÁ.
Achei o livro sensacional, uma leitura fácil e prazeirosa, principalmente porque o autor descreve os pontos que ele acha importante sobre liderança, dando exemplos práticos do time do ALL BLACKS, a seleção de Rugby da Nova Zelândia.
A partir da próxima postagens vou resumir o livro, falando dos 15 pontos listados pelo autor, são eles:
- Varra o vestiário
- Foco no que falta
- Jogue com um propósito
- Passe a bola
- Crie um ambiente de aprendizagem
- Babacas não!
- Abrace as expectativas
- Treine para vencer
- Mantenha a cabeça fria
- Conhece-te a ti mesmo
- Campeões vão além
- Invente sua própria linguagem 
- Ritualize para realizar
- Seja um bom ancestral
- Escreva seu legado

Mas quem não quiser esperar, vale a pena a leitura.
Atá mais.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

QUALIDADE...SEMPRE


Há alguns dias, decidi ter uma experiência diferente, fui cortar a barba numa nova barbearia que “namorava” há algum tempo – era num “truck”.
Quando cheguei, a “barbeira” – fato que achei bem inusitado – pediu para eu esperar um pouco, pois ela tinha acabado de fazer um corte. Tive que espera-la fumar um cigarro, o que me deixou um tanto irritado, mas como queria passar pela experiência, esperei, em pé, calmamente.
Chegou a hora. Entramos no “truck”, muito bem montado, com uma decoração muito legal e o ar condicionado um pouco fraco. Ela me disse que eu teria direito a duas bebidas, o que achei sensacional e pedi uma cerveja – fazia um calor absurdo! A cerveja estava quente.
Cortou meu cabelo, fez minha barba e quando estava terminando, notei que o corte, feito todo com máquina com pente número 2, estava todo torto. Pedi para arrumar.
Ela me disse que ainda tinha direito a uma bebida, peguei uma garrafa de água para não arriscar, paguei (caro) e fui embora. Quando cheguei em casa, minha esposa cortou meu cabelo novamente.
Porque contei esta história? Porque não volto mais. Não reclamei, não discuti, paguei o preço, mas nunca mais volto no lugar e este é o ponto.
Não é porque o cliente não reclama, que ele está satisfeito, precisamos estar muito atentos a isto. Temos muitas opções de tudo no mercado, uma concorrência muito acirrada e um dos pontos mais importantes para a fidelização do nosso cliente, é a qualidade.
Nossas aulas, nosso trabalho, nosso trato com nosso cliente, deve ser baseado na mais alta qualidade, sob pena de não vê-lo nunca mais.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

PROBLEMA X OPORTUNIDADE


Um dia, num show de Bruce Springsteen, em Leipzig - Alemanha, um fã do cantor resolveu pedir uma música através de um cartaz. Tudo poderia seguir em frente sem problemas, Bruce poderia ter ignorado o pedido e terminado o show, mas não foi isto que aconteceu.
Bruce Springsteen, transformou um momento que poderia ser catastrófico, numa grande oportunidade de apresentar seu grande talento e mais, apresentar o grande talento do seu time - seus músicos. Depois de algum tempo tentando acertar o tom e ensinando aos músicos como tocar a canção na frente de mais de 45 mil pessoas, Bruce Springsteen fez uma apresentação memorável!
Todos temos uma vida inteira para viver normalmente, mas apenas algumas chances de ser excepcional. Neste dia quem estava no show, viu uma apresentação inesquecível. 
Esta deve ser a nossa busca no dia-a-dia, ser excepcional, nas nossas aulas, nas nossas vidas. Devemos aproveitar situações que num primeiro momento parecem problemas e transformá-las em grandes oportunidades, como "The Boss" e sua banda fizeram.