Muitas das explicações para a propulsão na natação envolvem apenas os braços e as pernas. Contudo, vários especialistas tem especulado que o tronco contribui para a propulsão durante os movimentos ondulatórios dos nados de borboleta e peito.
É possível que os nadadores praticantes do nado borboleta acelerem para trás a agua com seu tronco, enquanto seus quadris caem da posição alta para a posição baixa. Quando o atleta eleva o quadril, a água fica retida no bolsão formado pelo tronco e pelas coxas do nadador, quando o atleta abaixar o quadril, esta água pode ser acelerada para trás. Suas pernas movimentam-se para cima e para fora do caminho (da água) ao mesmo tempo, de forma que elas não interferm no fluxo retrógrado da água.
A razão pela qual a água deve ser acelerada para trás e não para baixo quando o quadril desce, é porque ele o faz de forma sequenciada, enquanto o nadador se desloca para a frente. Com seu corpo flutuando para baixo e para frente de forma sequenciada, ele pode funcionar como um fólio com cada segmento, mantendo um ângulo de ataque que gradualmente desloca para trás cada segmento de água, de maneira que seu tronco atravessa a água desde o peito até os quadris.
A justificativa dessa teoria vem do modo como alguns animais marinhos nadam e como os peixes usam seus corpos para a propulsão. Os peixes aceleram a água para trás ao ondularem por meio dela. Os deslocamentos laterias das caudas dos peixes fazem com que a parte intermediária de seus corpos movimente-se para o lado na direção oposta. Isso forma uma superfície côncava na qual a água fica retida. Essa água acelera para trás, quando o peixe desloca sua cauda para o lado oposto. O movimento retrógrado da água resulta numa contraforça que impele o peixe para a frente.
Os nadadores que utilizam um estilo ondulante no nado de peito também podem contribuir para a propulsão para a frente com esses movimentos corporais, embora, provavelmente, não com a mesma intensidade que os nadadores praticantes do estilo borboleta.
Os nadadores que optam por incorporar alguma ondulação em seu nado de peito devem ser cuidadosos para não excederem este movimento. Uma ondulação excessiva aumenta o arrasto de forma e provoca um período mais longo de desaceleração entre o momento que os nadadores de peito completam a fase propulsiva de suas pernadas e começam a propulsão com ses braços.
Até mais
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